sábado, 4 de setembro de 2010

Chegou a hora de o Jonas ser Forlán


Trata-se de mero devaneio deste que sugere, mas, diante da perspectiva que se tem para o jogo de logo mais, “fica a dica”. Cada vez mais fica evidente a dependência que temos em relação ao Douglas. Um jogador que nas últimas quatro ou cinco rodadas vem crescendo, sensivelmente talvez, mas crescendo. E os bons momentos dele coincidem com os melhores momentos do Grêmio recentemente. Depois de uma seqüência boa de jogos nas últimas partidas, veio a constatação da lesão no púbis e a ausência na partida diante do Botafogo.

Projeta-se um meio com Souza e Leandro. Caos. Leandro não é meia. Vez ou outra, emergencialmente, foi improvisado no São Paulo e chegou a jogar assim na segunda divisão japonesa. Teve sua melhor atuação recente, e não só pela assistência, diante do Atlético Paranaense, nos momentos em que jogou como uma espécie de ponta, caindo pela direita. Detalhe: quem fazia a função pelo meio, naquela oportunidade, era Douglas, o único jogador do plantel profissional com tal capacidade.

O problema nisso tudo é que Douglas saiu lesionado diante do Guarani e Renato optou por Leandro, fazendo parceria com Souza na meia-cancha e, por isso, imagina-se que dará seqüência a tal ideia. Ou não. É uma boa prova para as capacidades do treinador. Qualquer um percebe que o Grêmio não pode jogar como jogou no segundo tempo da última quarta-feira. Espero que o Renato, também. Souza é jogador de flanco. Ou como ala ou como meia-extremo e, por isso, ficamos com graves deficiências na articulação, não conseguimos manter a posse de bola e a tendência é um "Deus nos acuda".

Diante da inexistência de jogo pelo meio tanto com Leandro, quanto com Souza, chegou a hora de o Jonas ser Forlán. Como fez Tabaréz na Copa ao perceber a falta de um armador, poderia fazer Renato. Puxar o atacante com mais qualidade técnica para buscar jogo. Vale lembrar que o mesmo Jonas já o fez quando começou a carreira no Guarani. Alguns com quem comentei tal possibilidade rechaçaram-na alegando que Jonas não tem inteligência tática para tal, ou mesmo que anda “fominha” demais. Ao mesmo tempo, lembrei-os de que o próprio Jonas fez papel semelhante em determinando momento de um dos jogos contra o Goiás e foi razoavelmente bem.

Talvez o restante da estrutura tática da seleção uruguaia não tenhamos à disposição, mas neste setor de meio-campo a improvisação de Jonas me parece uma alternativa válida e que agregaria qualidade. Jonas seria um enganche, Leandro ou André Lima fariam companhia a Borges no ataque e jogaríamos com três volantes: Rochemback, Adilson e Maylson (Ferdinando). Assim, cria-se a possibilidade de liberarmos os Gabriel e Fábio Santos para atacar, sem deixarmos a defesa exposta. Pois bem, é claro, trata-se de um devaneio. Mais fácil – e, em relação ao meio com Souza e Leandro, mais prudente – seria Renato optar por Neuton e jogarmos com 3 zagueiros. Não seria de todo mal, mas continuaríamos com algum problema de criação pela falta do organizador. Por outro lado, significaria uma melhora defensiva, ao menos. Mais detalhes no próximo capítulo...

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